quinta-feira, setembro 11, 2014

Trabalho na Irlanda resgata vítimas de bebidas alcóolicas



Sentados em círculo, um grupo de pessoas conversam. Não é apenas um momento de interação. Trata-se de algo muito maior: a libertação do vício em bebidas alcoólicas.
Eles fazem parte do novo projeto da Universal, na Irlanda, para combater esse hábito que tem trazido muitos problemas para o país. Lá o consumo de álcool faz parte da cultura das pessoas, por isso não é tido como algo prejudicial pela tradição local. Mas a instituição Alcohol Action Ireland, que luta contra os efeitos nocivos desse vício, mostra que a realidade é outra.
São 88 mortes por mês ligadas diretamente ao álcool, sendo que um em cada quatro homens, de 15 a 39 anos, morre por causa de bebidas. O prejuízo desse vício chega às crianças também: uma em cada onze diz ter suas vidas afetadas por causa do consumo dos pais.
Já outro instituto irlandês, o Health Research Board, aponta que 72% da população conhecem alguém que ingere muito álcool, sendo que 42% afirmam ser algum membro da própria família. Em conseqüência, 78% acreditam que o governo irlandês deveria implementar medidas de saúde pública contra o consumo de bebidas alcoólicas, porém estão desacreditados da solução.
Do mesmo modo, muitos dos ex-viciados, que chegaram ao projeto, afirmam já terem procurado ajuda em centros de reabilitação anteriormente, mas não obtiveram um resultado positivo. E que a mudança veio apenas por meio da Universal.
A eficácia desse projeto tem sido alcançada por causa da estratégia adotada para combater os vícios, como explica o pastor Wailun Pang, responsável pelo grupo de atendimento: “O propósito dessa reunião é mostrar que a única maneira de se resolver qualquer problema com os vícios é por meio do ataque ao problema pela raiz, que é, na verdade, algo espiritual. Então, por meio das correntes de libertação, essas pessoas são livres e o desejo pelos vícios simplesmente desaparece”.

A mudança verdadeira

O projeto foi iniciado recentemente e já recebeu a adesão de dezenas de pessoas. Alguns dos que já se libertaram contam para os ingressantes suas experiências com Deus. Um deles é Andrew O’Keefe (foto acima, de camiseta branca), que começou a ingerir bebidas alcoólicas aos 17 anos, no intervalo das aulas. Aos 19, ele já estava viciado. Bebia na sexta-feira à noite e ia para o trabalho no sábado sentindo-se mal, por causa do álcool.
Em 1998, Andrew buscou ajuda em uma clínica. Lá permaneceu por um ano sem beber, mas confessa que por causa das amizades, com pessoas que tinham o mesmo problema de vícios em jogos e bebidas, voltou a beber e a participar de cassinos.
“Para alimentar o meu vício, passei a cantar em casas de karaokê e bares durante 15 anos. Foi onde a minha vida se tornou um inferno. Meus relacionamentos amorosos eram um desastre. Cada relacionamento progressivamente se tornava pior do que o anterior. Em uma luta constante de altos e baixos, me esforçava para deixar a bebida, mas sabia que cairia cedo ou tarde”, recorda.
Em 2006, com a vida totalmente desorientada, Andrew desceu ao fundo do poço. Sentia uma tristeza enorme, tornou-se depressivo, começou a desejar o suicídio e já se conscientizava de que as noites no karaokê eram uma ilusão. “Nada preenchia o vazio”, conta. Contudo, em 2012, recebeu um convite – da mulher com quem hoje é casado – que transformou sua vida.
“Ela me convidou para conhecer a Universal e eu passei a freqüentar as reuniões (foto ao lado, ao centro, de camiseta salmão). Um ano depois me vi livre de todos os vícios, depressão e desejo de suicídio. Agradeço a Deus pelo trabalho da Universal, que acreditou em mim. Hoje sou bem casado, e posso dizer que estou livre e muito feliz”, enfatiza Andrew, com entusiasmo.



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